Texto:
Roberto Pacheco (MTb 426)
Marcelo
Schmidt acusa Selma de sacar dos cofres do SNA cerca de R$ 400 mil, além de
contrair dívidas de mais de R$ 5 milhões e perder a sede do Sindicato, com 17
salas, no centro do Rio de Janeiro.
O Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA)
que, no passado, foi uma das entidades de classe mais importante e respeitada
do país, pode estar com os dias contados em função de brigas internas entre
seus dirigentes, envolvidos em uma grande confusão, com acusações de corrupção,
desmandos administrativos e financeiros. Essa situação está prejudicando as
negociações salariais da categoria dos aeroviários junto aos representantes do
Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), conforme declarou Jorge
Negreiros, presidente do Sindicato dos Aeroviários do Amazonas (Sindamazon).
Para Negreiros, os diretores do SNA
deveriam - antes de qualquer disputa interna - se preocupar com os
trabalhadores, que é a maioria que votaram e elegeram dirigentes sindicais com
a finalidade de lutar pela garantia de reajustes e pisos salariais mais justos,
visando a melhoria das condições sociais e de trabalho da categoria. “Devido a
brigas internas, por disputa de cargos dentro do SNA, a diretoria do Snea, que
representa os patrões, suspendeu as negociações salariais da nossa categoria,
até que se resolvam esses conflitos que só ajuda a desmoralizar o movimento
sindical, prejudicando o trabalhador brasileiro”, sentencia Negreiros.
As denúncias internas, que está implodindo
o SNA, foram geradas pela disputa de poder e falta de transparência de
diretores de algumas subsedes da entidade. De acordo com Selma Balbino,
presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, os mentores dessa crise foram
o Secretário Geral, Marcelo Schmidt, do Rio de Janeiro, e o Coordenador da
Região Sudeste e diretor da base de Minas Gerais, Paulo de Tarso. “O Schmidt convive
com a frustração de não ser presidente dessa entidade e tenta ocupar o meu
lugar a qualquer preço. O Tarso está apavorado porque estou investigando a
falta de transparência nas contas da subsede de Minas Gerais, que o Conselho
Fiscal está investigando com a minha orientação. Ele se apropriou indevidamente
da contribuição dos sócios que são movimentadas na conta de uma associação
criada por pessoas de sua confiança, com a justificativa de proteger o dinheiro
dos aeroviários contra possíveis bloqueios judiciais de nossas contas”, justificou
Selma.
Por outro lado, o bloco que apóia Marcelo
Schmidt acusa Selma de sacar dos cofres do SNA cerca de R$ 400 mil sem
justificar as despesas, além de contrair dívidas de mais de R$ 5 milhões e perder
a sede do Sindicato, com 17 salas, no centro do Rio de Janeiro. Com base nessas
denúncias a executiva nacional do SNA realizou Assembléia Geral Extraordinária
e afastou a presidente. De posse de uma liminar Selma Balbino voltou ao comando
do SNA.
No entendimento de Jorge Negreiros, presidente
do Sindamazon, Selma Balbino é, de fato e de direito, a presidente do SNA. “Apesar
de não partilharmos de simpatias recíprocas, foi a Selma quem foi votada e
escolhida para representar a classe pela maioria dos aeroviários. O seu
afastamento da presidência do SNA não tem consistência jurídica até a sentença
ser transitada e julgada em juízo”, esclarece Negreiros.
Assessoria
de Comunicação
Por:
Roberto Pacheco (MTb 426)