sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

COM PRIVATIZAÇÃO DE CONFINS E GALEÃO, AEROPORTOS EM CIDADES DO INTERIOR SERÃO REFORMADOS



Governo estima arrecadar R$ 15 bilhões com privatização e dinheiro vai bancar obras em terminais regionais. Em Minas, 33 empreendimentos vão receber R$ 815 milhões
Pedro Rocha Franco - Publicação: 21/12/2012 06:00 Atualização: 21/12/2012 07:33 (Leandro Couri/EM)   
A concessão dos aeroportos Tancredo Neves (Confins) e Antônio Carlos Jobim (Galeão) possibilitará investimentos significativos em unidades no interior do país. Parte do dinheiro recolhido – a estimativa é que os dois leilões arrecadem R$ 15 bilhões – com leilão será repassado ao Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) para aporte em aeroportos dos quatro cantos do país. Ao todo, a previsão é que seja investido R$ 7,3 bilhões em 270 terminais. Em Minas, 33 aeroportos do interior vão receber R$ 815,5 milhões para obras de melhoria e ampliação (veja mapa). E mais: os voos regionais serão subsidiados pelo governo para estimular o setor.
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Governo anuncia concessão dos aeroportos do Galeão e de Confins Aeroportos brasileiros são um ótimo negócio, diz Dilma Aeroportos regionais terão isenção do governo
Entre os incentivos previstos no plano anunciado ontem pela presidente Dilma Rousseff está isenção de tarifas nos aeroportos do interior com movimentação inferior a 1 milhão de passageiros por ano. As tarifas pagas por empresas aéreas para usar a infraestrutura dos aeroportos serão reembolsadas pelo governo nos regionais. Além disso, as passagens aéreas em voos envolvendo aeroportos regionais serão subsidiadas. O governo federal deve arcar com parte do valor da passagem em viagens nesses terminais, ficando o subsídio restrito aos assentos ocupados e limitado à metade das vagas da aeronave ou 60 assentos. Ação semelhante já foi adotada pelo governo durante o regime militar. À época, um fundo era abastecido com taxa de 3% cobrada sobre o valor das passagens de voos de longa distância e os recursos eram repassados às companhias que faziam voos regionais.
As medidas têm como intenção permitir que 96% da população brasileira esteja a uma distância inferior de 100 quilômetros de um aeroporto em condições de receber voos regulares. Segundo a Secretaria de Aviação Civil, as medidas permitirão aperfeiçoar a qualidade do serviço prestado ao passageiro, agregar novos aeroportos à rede de transporte aéreo regular e aumentar o número de rotas operadas pelas empresas aéreas. O governador Antonio Anastasia se disse satisfeito com o pacote e confiante em buscar a ampliação do total de voos regionais. “É claro, que isso cria um ambiente de negócios propício a mais investimento. Os números dos investimentos vão depender do perfil de cada aeroporto. É claro, que, por exemplo, o aeroporto de Araxá já está concluído. Então, lá terá investimento menor do que em Teófilo Otoni, que tem de ser refeito”, afirma.
Voos regulares
O subsecretário de Investimentos Estratégicos da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Luiz Antônio Athayde, afirma que as medidas possibilitarão que novos aeroportos tenham voos regulares. Atualmente, apenas 12 dos 30 em condições de ter rotas comerciais têm pousos e decolagens comerciais. “Primeiro, é uma forma de criar integração do interior com a capital. Depois, é um fator decisivo para animar a economia, além de ser também uma forma de alimentar a malha nacional e internacional. Os subsídios contribuem no primeiro momento as novas rotas a se sustentarem até que seja criada densidade na rota”, avalia, ressaltando que a iniciativa está “muito afinada” com a ação do governo de Minas.
A região com maior investimento deve ser a Nordeste, com R$ 2,1 bilhões para 64 pequenos e médios aeroportos. Na sequência, serão contempladas as regiões Norte e Sudeste, com R$ 1,7 bilhão e R$ 1,6 bilhão, respectivamente. O Sul receberá R$ 1 bilhão e Centro-Oeste R$ 900 milhões.
Regras para terminais privados
Além de incentivar a aviação regional, o governo federal vai regulamentar a exploração comercial de aeroportos privados pela chamada aviação geral (particular) – atualmente, apenas os públicos podem cobrar tarifa para receber esse tipo de voo. Hoje será publicado decreto detalhando como a aviação executiva, táxi aéreo, instrução e treinamento e outras formas de aviação comercial poderão usar essas unidades. Entre outros, os operadores privados vão responder diretamente por qualquer ocorrência relacionada a seus aeródromos.
A norma objetiva ampliar a oferta de infraestrutura aeroportuária no país voltada para o atendimento da aviação geral, que não se caracteriza como operação regular de transporte público de passageiros, mas considerada relevante para o desenvolvimento do país. Segundo dados da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), em 2011, a frota brasileira desse segmento chegou a 13.094 aeronaves, representando uma expansão de 6,3% em relação a 2010. A intenção é que aeroportos voltados para serviços privados possam ser planejados e estruturados para atender diferentes mercados, mas atendendo as mesmas normas de segurança previstas para unidades públicas.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

JORGE NEGREIROS DESCARTA GREVE DOS AEROVIÁRIOS NO AMAZONAS



Jorge Negreiros: “Nesse momento, greve significa desemprego. Somente em novembro foram demitidos, no Estado do Amazonas, 268 trabalhadores com mais de um ano de trabalho”.
O presidente do Sindicato dos Aeroviários do Amazonas (Sindamazon), Jorge Negreiros, negou qualquer indicativo de greve no Estado, alegando que o momento é de conciliação em razão das dificuldades que passa o setor aeroviário.
A greve - que foi divulgada por alguns sindicatos dos aeroviários e aeronautas dos estados da região sul e sudeste – que estava prevista para acontecer a partir das 6 horas desta quinta-feira, foi motivada por ocasião das negociações salariais da categoria que tem como data base 1º de dezembro.
Os representantes dos aeronautas queriam um reajuste salarial de 11,4% e dos aeroviários, 10%, mas o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) ofereceu aumentos de 1,5% (para quem ganha acima de R$ 5 mil), a 6% (até R$ 852,10). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que serve de base para as negociações, ficou em 5,95%, no acumulado dos últimos 12 meses.
De acordo com Negreiros, a maior vítima do sistema aeroviário é o trabalhador que tem que preservar o seu emprego. Não adianta ter um reajuste alto se as empresas resolverem reduzir o quadro para enxugar a folha de pagamento. “Nesse momento, greve significa desemprego. Somente em novembro foram demitidos, no Estado do Amazonas, 268 trabalhadores com mais de um ano de serviço, sem contar com os que ainda não completaram 12 meses de trabalho, porque não fazem homologações na sede do Sindamazon”, esclarece.

Da Assessoria de Comunicação
Fonte: Roberto Pacheco (MTb 426)

FUNCIONÁRIOS DO SETOR AÉREO PROMETEM GREVE ÀS VÉSPERAS DO NATAL



Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, é tomado por filas; dezembro é o mais mais movimentado
Sindicatos do setor aéreo civil confirmaram que vão entrar em greve em todo o país a partir das 6 horas de quinta-feira, após terminarem em impasse as negociações por ajuste salarial com as companhias aéreas.
A paralisação inclui aeronautas (pilotos, comissários e mecânicos de vôo) e aeroviários, que trabalham em terra, nos aeroportos.
Os sindicatos não deram detalhes da greve, mas afirmaram que a adesão será grande. Se isso ocorrer, o tráfego aéreo no país pode parar, justamente às vésperas do Natal – época mais movimentada do ano.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a previsão é de que os aeroportos em dezembro recebem 1,5 milhões de pessoas a mais do que a média do ano.

‘Irresponsabilidade’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu o direito de greve dos trabalhadores, mas ressaltou que a população não pode ser prejudicada.
“Espero que os brasileiros não sejam vítimas da insensatez. O que não pode é uma atitude de irresponsabilidade que leve o povo a sofrer”, afirmou Lula.
“Não acho correto alguém impedir que a pessoa viaje no Natal. Vou conversar com o ministro Nelson Jobim (Defesa) amanhã”, completou, dizendo que tanto os trabalhadores como as companhias poderiam flexibilizar um pouco suas posições.
De acordo com o presidente, Jobim e Paulo Bernardo (Planejamento) estão empenhados em evitar a paralisação.
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac) – que reúne sindicatos nacionais e regionais - informou que funcionários começarão a fazer piquetes em aeroportos a partir da meia noite e que as paralisações podem inclusive começar antes das 6h de quinta-feira, já que é uma decisão pessoal de cada trabalhador.
Pela manhã, mais de 150 trabalhadores do setor aéreo fizeram uma manifestação no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, prejudicando as operações no local.
Os aeronautas defendem 15% de reajuste salarial e os aeroviários, de 13%, enquanto a proposta das companhias aéreas é de 6,85%, considerando a correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais meio ponto porcentual de ganho real.

Medidas pontuais

A presidente da Anac, Solange Vieira, disse não acreditar na possibilidade de um caos aéreo: "Nossa expectativa é a de que não vai haver uma greve geral, mas focos de paralisação controláveis."
A agência informou que está tomando medidas pontuais para lidar com a situação, como reforçar o número de funcionários, ajustar escalas – para concentrar mais trabalhadores nos horários de pico – e monitorar o movimento nos saguões.
Vieira afirmou ainda que o contingente de polícia estadual foi acionado para garantir que os funcionários que não aderirem à greve possam trabalhar.
Tanto a Anac como a Infraero orientaram os passageiros a ligarem para a companhia aérea antes de sair de casa, para confirmar o vôo.
Em caso de atraso ou cancelamento de voos já no aeroporto, o cliente deve procurar a empresa aérea ou um representante da Anac nos aeroportos que tiverem esses postos de atendimento.
As principais companhias aéreas do país afirmaram que pretendem manter sua programação normal para quinta-feira.
A GOL informou que não prevê alterações nos 900 voos previstos. Em comunicado, a TAM afirmou estar confiantes na “conclusão adequada” do processo de negociação com os funcionários.
O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) criticou a paralisação, dizendo que são “prematuras e inoportunas” e que “as negociações ainda podem evoluir”.

COMPANHIAS AÉREAS DEVERÃO TER O ANO MAIS SEGURO DA HISTÓRIA



13 Dez 2012 . 14:00 h . Agência Estado .
A taxa total de acidentes no mundo envolvendo jatos e aeronaves turboélices construídos no Ocidente e no Oriente caiu de 2,58 voos por milhão nesta época no ano passado para 2,14.
Genebra - As companhias aéreas do mundo estão em rumo para a conclusão do ano mais seguro já registrado, com uma média até o fim de novembro de apenas um acidente de qualquer tipo para cada 5,3 milhões de voos, informou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) na quinta-feira.
A Iata, com sede em Genebra, também disse que até agora em 2012, pela primeira vez desde os primórdios da indústria na segunda e terceira décadas do século passado, não se perdeu nenhum jato de construção ocidental entre os 240 associados.
"Até 30 de novembro, se você tivesse de pegar um avião todos os dias, as chances eram de que você voaria 14 mil anos sem um acidente", disse a principal autoridade de segurança da associação, Gunther Matschnigg, a jornalistas em um briefing.
O total de fatalidades na indústria, incluindo as companhias aéreas que não pertencem à Iata ou ainda não foram admitidas porque não estão em conformidade com seus padrões de segurança, chegou a 401, em comparação com 490 do período de janeiro a novembro de 2011, disse Matschnigg.
A taxa total de acidentes no mundo envolvendo jatos e aeronaves turboélices construídos no Ocidente e no Oriente caiu de 2,58 voos por milhão nesta época no ano passado para 2,14.
Entre os membros da Iata, que incluem todas as grandes companhias aéreas e muitas das pequenas que operam em rotas internacionais, mas não as de baixo custo, a taxa caiu de 1,89 para 1,03.
Para a Iata, os acidentes incluem tudo, desde acidentes com fatalidades, danos durante o voo e falhas no trem de aterrissagem no pouso ou colisões na praça de manobra com outros aviões ou veículos do aeroporto.
O diretor geral da Iata, Tony Tyler, ex-presidente da Cathay Pacific, de Hong Kong, diz que os números são "outra prova de que a aviação é a forma mais segura de se viajar".

MENOS ACIDENTES FATAIS

Matschnigg afirmou que apenas 7 por cento de todos os acidentes deste ano no planeta envolveram a perda de jatos construídos pelo Ocidente, 6 por cento a menos do que no ano passado e apenas 15 por cento de todos os acidentes foram fatais contra 26 por cento neste período no ano passado.
A Europa teve somente um punhado de acidentes não-fatais envolvendo uma aeronave de construção Ocidental ante nenhum em 2011 e a América do Norte reduziu sua taxa a zero contra apenas alguns no ano passado.
A América Latina e o Caribe também melhoraram, reduzindo sua taxa de acidentes para todo tipo de aeronave de 5,33 voos por milhão nos primeiros 11 meses de 2011 para apenas 1,37 até agora este ano.