domingo, 13 de novembro de 2011

Alerta à População: Greve pode parar aviação no Amazonas.



O Sindicato dos Aeroviários do Amazonas (Sindamazon), com representação nos estados de Roraima, Acre e Rondônia, vem à público esclarecer às autoridades, à sociedade constituída e à população em geral que esta instituição, por ocasião das negociações da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) - com data base em 1º de dezembro - junto ao Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), apresentou proposta de reajuste salarial de 10,24% para a categoria dos aeroviários, sendo 7,24% referente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor e 3% de ganhos reais.
Essas negociações com o Snea, que começaram em setembro deste ano, estão tendo um desfecho que só favorece aos patrões, quando, como contrapropostas ofereceram reajuste de 3% sobre os salários e de 5% sobre o piso para aeronautas e aeroviários. Essa proposta foi a pior apresentada desde 2003 e não cobre nem a inflação do período, portanto, não tem embasamento econômico, mesmo porque as empresas aéreas reajustaram os preços das passagens em mais de 40% e estão fazendo investimentos com a compra de novos aviões.
Assim sendo, a “oferta” do Sindicato dos patrões é ridícula, gera defasagem salarial e menospreza a nossa categoria, além de ser imoral porque fere os princípios da ética e da dignidade do cidadão aeroviário que exerce uma das atividades mais estratégicas para o desenvolvimento de uma nação, com mobilidade para desacelerar seu crescimento, caso o setor tenha que parar suas atividades.
Nós, do Sindamazon, não aceitamos, sob qualquer forma de argumento, a maneira como os patrões, irredutíveis do alto da sua soberba, tentam conduzir as formas de negociação salarial, alegando incertezas na economia mundial para oferecer um reajuste digno aos trabalhadores aeroviários.  Viraram “futurólogos” e esquecem que o Brasil está em franco desenvolvimento. Essa história é conversa para boi dormir.
Por outro lado, condenamos, também, a atitude suspeita de algumas pessoas que se dizem ”representantes”, da categoria, que estão em conluio com os patrões. Esses dirigentes, sem qualquer representatividade, estão longe da nossa realidade, mesmo porque alguns foram demitidos há mais de dezenove anos, mas, no entanto continuam posando de dirigente sindical aeroviário. Nada tendo a perder ou a ganhar, jogam a categoria no fogo
Somos radicalmente contra qualquer indicativo de greve, enquanto não houver esgotadas todas as formas de negociações. Mas a ganância das empresas aeroviárias não tem limites e está explorando o trabalhador sem dó e piedade. Por esse motivo fizemos uma manifestação de alerta, ordeira e pacífica, no Aeroporto de Congonhas, no último dia 8 de novembro, para mobilizar a categoria e mostrar a nossa força para arregimentar movimentos paredistas. Foi apenas um sinal de alerta.
Para finalizar, nós do Amazonas, vamos aderir à greve para paralisar as atividades da aviação civil no Brasil, caso não haja outras formas de negociações para o reajuste salarial do trabalhador aeroviário.
Manaus, 13 de novembro de 2011

José Jorge Negreiros da Silva
Presidente do Sindamazon

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